Já parou para se fazer essa pergunta? Ela pode indicar muito sobre a forma como você se relaciona.

Muitas clientes que procuram coaching para relacionamento (seja à procura de um parceiro, seja para melhorar a relação ou ainda, porque querem se reerguer após um término), nunca pararam para pensar sobre essa questão.

Claro, todas têm opiniões a respeito dos homens, mas nunca pensaram nisso com consciência. E quando questionadas, as respostas são as mais variadas. Desde positivas como “homens são parceiros” até “os homens são infiéis”.

Elas nem sabem, mas essa imagem que têm dos homens tem grande impacto na forma como se relacionam. Nossas opiniões são baseadas em vivências nossas ou em coisas que nos foram ditas ao longo do nosso processo de crescimento (seja pelos pais, professores, amigos, qualquer pessoa em quem confiamos).

A essas “opiniões” damos o nome de “crenças” (sem a conotação religiosa), pois refletem algo que acreditamos com convicção e que, para nós, representa uma verdade, algo que norteia nossas ações com relação a determinado assunto.
Essas crenças podem ser fortalecedoras (quando são positivas) ou limitantes (quando são negativas). As fortalecedoras podem e devem ser usadas. Com relação às crenças limitantes, devemos ser muito cautelosas, pois elas podem gerar impactos negativos na nossa vida. Por exemplo, a mulher que acreditar que todo homem é infiel, dificilmente conseguirá se entregar de coração numa relação. Por mais que goste do parceiro, sempre terá uma desconfiança (ainda que inconsciente). Estará armada, esperando pelo pior. E quando esse “pior” ocorrer, ela dirá: “não disse? Todo homem é infiel”. E terá a confirmação da sua crença limitante a cada relacionamento.

O que essa mulher não percebe é que muitas vezes, pelo fato dela acreditar que todo homem é infiel, ela acaba sem querer agindo de modo com que o seu parceiro acabe se tornando infiel. Seja por ciúmes excessivo, insegurança, não importa. Ela acaba se sabotando (sempre inconscientemente) para ver a sua crença confirmada.

A maior prejudicada? Ela própria.

Trabalhamos então para mudar essa crença. A tarefa é desafiadora e muitas vezes requer tempo para que se consiga obter um resultado positivo. Eu mesma tinha crenças de anos que consegui mudar, mas só depois de um certo tempo e muito exercício. O mais importante não é mudar a crença da noite para o dia. É ter consciência da existência dela e fazer um trabalho interno e constante para questionar essa crença. Assim, toda vez que o pensamento sabotador vier à mente, duvidemos dele, critiquemos sua razão de ser e substituamo-lo por outra crença, que seja fortalecedora. No caso da crença “todo homem é infiel”, por exemplo, podemos usar algo como “todo homem é carinhoso”. Você não passará a achar que todo homem é carinhoso imediatamente, mas se usar esse pensamento substituto quando vier a vozinha “todo homem é infiel”, aos poucos, irá mitigar essa crença negativa e deixará de agir (inconscientemente) para que ela se confirme.

Então, que tal parar para pensar sobre a SUA crença sobre os homens? Muitas relações podem ser trabalhadas para melhor (inclusive casamentos de muitos anos) quando uma eventual crença limitante é modificada.

Pensem nisso!

Por Ruth Lunardelli